A INTERRUPÇÃO E OS SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE DE UMA EQUIPA

Seja em conversas quotidianas pelos corredores da empresa, numa sessão de esclarecimento ou atribuição de tarefas ou mesmo numa reunião das mais tensas, é comum que interrompamos os nossos interlocutores.

Alguns fazem-no, supostamente, porque buscam um uso racional do tempo e esperam, com isso, trazer mais concisão e flexibilidade à discussão. Outros fazem-no simplesmente porque não toleram perder tempo com bobagens.

A má notícia é que independentemente das razões que o levar a adoptar tal postura, interromper os seus colegas e/ou colaboradores é um comportamento prejudicial para si enquanto líder, e vamos perceber porquê.

A interrupção é geralmente percebida como desvalorização das ideias de outrem e, portanto, é comum que as pessoas, quando interrompidas frequentemente e principalmente por um superior hierárquico, se sintam desmotivadas a contribuir quando solicitadas, reduzindo assim a sua produtividade.

Outra consequência gerada pela interrupção é a intimidação, que faz com que a pessoa se torne menos participativa em discussões, ainda que tenha algo por dizer, o que priva a equipa e/ou a organização de beneficiar de excelentes contributos.

Ao interromper um dos seus colegas para dizer algo, sem perceber você diz muito mas não é percebido, porque o foco de quem é interrompido é manter-se concentrado no que tinha a dizer para não perder o fio de pensamento. Pelo que, enquanto você fala, geralmente o seu interlocutor conta os segundos para que lhe seja devolvida a palavra.

Quando as pessoas são interrompidas tendem a sentir-se diminuídas e, portanto, a sua consideração para com quem as interrompe é gravemente afectada e, consequentemente, a sua relação com tal pessoa pode se deteriorar.

Prefira a paciência e a tolerância. Ainda que imagine o que vem a seguir, escolha escutar e faça os seus colegas de equipa sentirem-se respeitados, valorizados e encorajados e, concomitantemente, mais motivados e produtivos.